Vanda Onnesjo Lobo

Fundação Oceano Azul

Como surgiu este projeto e qual a motivação para nele participar?

A Fundação Oceano Azul tem manifestado, desde a sua génese, a vontade de implementar processos de cogestão e encontrou no projeto ParticiPesca uma forma de, em conjunto com os parceiros envolvidos, o concretizar. É por essa razão que apoiou e acompanhou o projeto ParticiPesca desde o início, acreditando que a implementação de sistemas de cogestão nas pescarias e nos recursos, é o primeiro passo para a mudança de paradigma na gestão das pescas em Portugal. Estes passos são dados no sentido de uma governação conjunta e uma realidade mais adaptativa, mais participativa, mais interativa e mais sustentável para as pescarias costeiras e, neste caso concreto para a pescaria do polvo, no Algarve.

O que tem este projeto de transformador e inovador?

A implementação de sistemas de cogestão nas pescarias e recursos implica a existência de uma melhor comunicação e cooperação de todas as partes interessadas, o que promove e viabiliza o debate, as cedências e a partilha e entendimento sobre pontos de vista diferentes. Este tipo de projeto permite uma gestão fundamentada, não só no conhecimento de base científica e técnica, como no conhecimento local e com o envolvimento e a perspetiva dos diferentes utilizadores. A cogestão é escalável, podendo ser implementada em todas as pescarias costeiras.

Como imagina o futuro da cogestão da pesca do polvo no Algarve?

A cogestão da pescaria do Polvo no Algarve permitirá que esta pescaria saia mais fortalecida, bem fundamentada, construída e respeitada por todos os utilizadores. Será mais justa, mais rentável e valorizada, garantindo um futuro mais sustentável, ao proteger a pescaria, o recurso e as comunidades que dela dependem.